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Tecnologia baiana moderniza serviço de táxi de Salvador

Desenvolvido pela empresa Vox Tecnologia, o sistema Ontaxi opera

com facilidades e vantagens para taxistas e passageiros

O sistema Ontaxi, lançado no início deste mês, já iniciou as operações em Salvador. Desenvolvido pela empresa baiana Vox Tecnologia Ltda., o aplicativo, compatível com os sistemas Android e iOS, está requalificando o atendimento da frota de táxis da capital baiana, com a oferta de serviços diferenciados e de alta tecnologia. Até agora, mais de 600 taxistas já se cadastraram para adotar o sistema. Para os passageiros, nesse início das operações, os primeiros mil cadastrados receberão um crédito para experimentar o produto. O cadastro pode ser feito no site www.maisontaxi.com.br. O aplicativo para passageiros também já está disponível na loja do Google e muito breve poderá ser baixado na Apple Store.

A Vox Tecnologia já havia desenvolvido duas gerações de aplicativos para gestão de frotas de táxi antes de criar o sistema Ontaxi. A empresa, apoiada pela AMT - Associação Metropolitana de Taxistas, desenvolveu o produto para atender anseios da categoria na busca por ferramentas que possibilitassem a competição mais equilibrada com sistemas como o da empresa Uber. Desde o seu desenvolvimento, o sistema Ontaxi está de acordo com as normas da Portaria Municipal 138/2016, da Secretaria de Mobilidade Urbana, que regulamenta a modalidade aplicativo para uso em táxis.

"Nosso projeto se preocupou em funcionar em conformidade com a legislação municipal antes mesmo da votação do PL-5587/2016. Além disso, oferecemos facilidades inéditas para os passageiros tais como o registro de favoritos e bloqueios personalizados, que coloca o mérito e penalização sob controle de cada cliente, o acionamento alternativo para os casos de falta de cobertura de dados ou falta de bateria no celular, opções para seleção do veículo desejado, mais flexibilidade nos meios de pagamento e um programa de fidelidade com vantagens", enumera Ricardo Fernandes, engenheiro de telecomunicações e sócio-diretor da Vox Tecnologia.

Modernizar para sobreviver no mercado

Segundo Fernandes, depois de 75 anos sem novidades no setor de táxis, empresas como a Uber e assemelhadas chegaram ao Brasil a partir de 2014, obrigando tanto os taxistas a buscarem a modernização dos seus meios de trabalho, quanto o poder público a buscar uma solução para a questão do Serviço de Transporte Individual Privado. "Já havia base legal para a regulamentação desde a Constituição Federal, de 1988, e do Código de Trânsito Brasileiro, de 1997. Embora no início o poder público tenha tentado proibir a prestação desse serviço, com o tempo percebeu-se que impedir o funcionamento seria ineficaz, já que se tornou uma exigência do mercado", pontua.

Em Salvador, onde a Uber se instalou em março de 2016, em apenas um ano os taxistas ficaram debilitados pela concorrência desigual. "Esse novo concorrente, sem nenhuma regulamentação e nenhum limite a ser observado, impôs perdas à categoria, o que gerou a reação proibitiva. O que não se considerou como alternativa foi o estímulo ao uso de tecnologia nacional, e até local, capaz de utilizar o legado da frota de táxis regulares e fazer concorrência ao serviço privado", acrescenta Ricardo Fernandes.

Ainda de acordo com o especialista, a tecnologia já estava disponível no país, e até mesmo em Salvador, desde 2012, antes da chegada da Uber e semelhantes. O que faltava era uma articulação maior dos taxistas e o interesse do poder público em possibilitar sua implantação de acordo com a lei. "Em 2012, a categoria e o poder público ainda não estavam sensíveis ao problema e apostavam no sucesso de uma proibição do funcionamento da concorrência. Com o agravamento da situação dos taxistas, no fim de 2016, a Secretaria de Mobilidade da Prefeitura de Salvador tomou uma decisão pioneira com a publicação da Portaria 138/2016, em 25 de janeiro deste ano, possibilitando assim a oferta do mesmo padrão de serviço, mas utilizando a frota regular de táxis, ao invés dos carros de passeio", detalha o sócio da Vox Tecnologia.

A polêmica da regulamentação

Ricardo Fernandes explica que as informações geradas pelo sistema Ontaxi serão compartilhadas com as centrais de controle das prefeituras, tais como o Centro de Controle Operacional (CCO) da Secretaria de Mobilidade de Salvador, que já controla o serviço de transporte coletivo. Com as informações, o poder público poderá, por exemplo, reduzir as possibilidades de desvios. A título de comparação, o transporte individual privado, como o Uber, não oferece à prefeitura nenhuma informação que possibilite o controle dessa atividade, mas a sociedade pode se beneficiar dessa fiscalização.

"A tramitação do PL-5587/2016, ao contrário do que pregam setores mais conservadores da sociedade, não resultará na inviabilidade dos aplicativos do transporte individual privado, mas no estabelecimento de regras mínimas para essa atividade. Interromper o serviço não é uma alternativa e nem corresponde aos anseios da população. No entanto, os próprios usuários desses aplicativos desejam a correção dos descontroles e abusos existentes. Uma vantagem imediata da chegada dessa inesperada concorrência ao país é que os próprios serviços regulares de táxi querem se reinventar. E, com isso, o passageiro sairá ganhando", opina.

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